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Como lidar com as Drogas?

Introdução

Genericamente denominadas psicotrópicas, inúmeras drogas atuam sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) modificando, em vários aspectos, as funções cerebrais.

Conhecê-las, sob todos os ângulos, é encargo e objetivo da psicofarmacologia.

Existindo há cerca de 30 anos, nascida em Paris com Delay e Deniker, detentores do mais famoso tratado da era moderna, esta é uma ciência nova, mas como qualquer outra, tem longa história pregressa.

O primeiro benzodiazepínico, o clordiazepóxido, foi desenvolvido por Leo Sternbach e Earl Reeder, em 1955. Avaliado em 1957, o clordiazepóxido mostrou resultados superiores aos do sedativo/hipnótico amplamente utilizado até então, o meprobamato. O clordiazepóxido foi patenteado em 1959 e introduzido no mercado pela Roche, com o nome de Librium em 1960. Entre 1960 e hoje, mais de 40 benzodiazepínicos chegaram ao mercado, demonstrando quatro efeitos gerais: ansiolítico, sedativo/hipnótico,
miorrelaxante e anticonvulsivante. De tal ordem é a sua penetração clínica, que 60% das prescrições médicas atuais incluem um benzodiazepínico.

Os benzodiazepínicos, disponíveis na apresentação injetável e várias apresentações orais, são hoje amplamente prescritos em todo o mundo. Com um forte registro de eficácia e perfil de segurança bem estabelecido, os benzodiazepínicos substituíram os barbitúricos como tratamento de escolha para muitos pacientes com transtornos de ansiedade e do sono.

Condições representando combinações dos dois transtornos, como ansiedade e depressão (uma combinação comum), podem exigir terapêutica medicamentosa combinada. Benzodiazepínicos foram usados com sucesso em associação com antidepressivos tricíclicos e com os antidepressivos mais modernos, que inibem a atividade de recaptação da serotonina.

Lyons e colaboradores, que realizaram uma avaliação clínica e econômica dos benzodiazepínicos em l992 concluíam:

“Em resumo, a revisão da segurança e eficácia dos benzodiazepínicos revela que, quando usados adequadamente, estes compostos são seguros e eficazes e quando usados inadequadamente não o são. Por isso, o desafio ao sistema de assistência médica é desenvolver estratégias para garantir que estes compostos sejam usados sob as seguintes condições:

1 - Quando indicados pelo perfil sintomático em relação à alternativas razoáveis;

2 - Em doses adequadas;

3 - Durante um período limitado com descontinuação cuidadosa;

4 - Na ausência de indícios de abuso de álcool, particularmente com tendências suicidas.


Ansiedade e transtornos de ansiedade

Ansiedade, é um termo usado tanto na linguagem leiga quanto na literatura médica, que precisa ser melhor definido antes que sua patologia ou tratamento possam ser discutidos de forma significativa. Nem toda ansiedade é patológica. Greenblatt e colaboradores (1983) oferecem uma distinção entre ansiedade não patológica e patológica.:

“Ansiedade situacional que não seja desproporcionalmente
intensa pode melhorar e estimular o comportamento adaptativo
e cooperativo. Ansiedade patológica, por outro lado, é ruim
para a adaptação e prejudica em vez de melhorar o
funcionamento junto à família e ao trabalho”.

A necessidade de tratamento ansiolítico será determinada pelo grau de sofrimento de cada paciente e conhecimento e crenças do médico.

O termo “ansiedade” isolado freqüentemente significa transtorno de ansiedade generalizada. Transtornos de ansiedade também incluem pânico, fobia e outros. Não existe nenhum sistema único de classificação universalmente aceito para os transtornos de ansiedade.

Classificação de Transtornos de Ansiedade
Transtornos de pânico sem agorafobia
Transtorno de pânico com agorafobia
Agorafobia sem história de transtorno de pânico
Fobia específica
Fobia social
Transtorno obsessivo-compulsivo
Transtorno de estresse pós-traumático
Transtorno de estresse agudo
Transtorno de ansiedade generalizada
Transtorno de ansiedade devida a uma condição clínica geral
Transtorno de ansiedade sem outra especificação

 


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